Por Eugênio Nascimento
O PSOL trabalha, em Sergipe, um projeto de aliança política com a Rede Sustentabilidade e alimenta a ideia de ter candidatura própria ao Governo do Estado. O partido está avaliando cinco opções de nomes já disponibilizados. Entre os cotados está o advogado José Alvino Santos Filho, que lembra à todos que, se escolhido, vai entrar na disputa pra valer. Ele vê chance de vitória e destaca que “nas últimas eleições, em todo o Brasil, temos nos deparado com a vitória de candidatos que não fazem parte da política tradicional. Sergipe está carente de novas lideranças…
A seguir os principais trechos da entrevista:
Primeira Mão – Alvino, você é pré-candidato a governador pelo Psol? por quê?
Alvino – Por enquanto, os nomes foram apenas indicados. O diretório estadual deverá decidir sobre os nomes que integrarão a chapa majoritária ainda neste mês de maio.
Primeira Mão – Quando foi convidado? Quando?
Alvino – O presidente do Diretório Estadual me consultou na semana passada, se meu nome estaria à disposição do partido para disputar o Governo do Estado e eu respondi afirmativamente.
Primeira Mão – Por que disponibilizou o seu nome?
Alvino – O PSOL entende que o processo eleitoral está dividido entre duas candidaturas que fazem parte do atual governo Belivaldo Chagas e outras duas que são oriundas do bolsonarismo. O PT ocupa a vice-governadoria da atual gestão Belivaldo e deverá continuar ocupando espaços na administração estadual até o final do mandato, numa clara demonstração de que não houve uma ruptura de fato, apenas na narrativa. Portanto, o PSOL apresenta-se como a única alternativa contrária ao governo Belivaldo em Sergipe e ao governo Bolsonaro em nível federal.
Primeira Mão – Você é a opção definitiva do PSOL?
Alvino – Até agora foram indicados cinco nomes, entre os quais o meu. Qualquer que seja o nome aprovado pelo partido, será apoiado por aclamação e o PSOL sairá unido, forte e com muita motivação para derrotar a velha política sergipana, responsável pela estagnação econômica e pelo empobrecimento do povo sergipano.
Primeira Mão – O PSOL sairia com chapa puro sangue?
Alvino – A Rede Sustentabilidade integra a federação juntamente com o PSOL e deverá estar inserida na campanha junto com o PSOL.
Primeira Mão – Quais seriam as outras opções do PSOL para o governo de Sergipe?
Alvino – Além do meu nome, temos ainda os nomes de Mário Leony, delegado de Polícia Civil; Izadora Brito, advogada e integrante do MTST; Sérgio Barreto, defensor público e presidente do Psol Sergipe; Marcos Póvoas, professor e procurador do Estado; Igor Baima, sindicalista; e Jossimário Mick, servidor público. O nosso senador já foi lançado, e o advogado Hennri Clay.
Primeira Mão – Quem seria o vice?
Alvino – O vice sairá dentre os cinco nomes apresentados.
Primeira Mão – O candidato do PSOL tem como sair das urnas vitorioso?
Alvino – Nas últimas eleições, em todo o Brasil, temos nos deparado com a vitória de candidatos que não fazem parte da política tradicional. Sergipe está carente de novas lideranças, sem os velhos vícios da política profissional e verdadeiramente comprometidas com a defesa dos interesses dos trabalhadores e da retomada da economia para gerar empregos e melhorar as condições de vida da nossa gente.
Primeira Mão – O partido está muito otimista?
Alvino – Sim. Temos motivos para pensar em um bom desempenho nas urnas este ano. Os números das eleições passadas corroboram com esse prognóstico. Henri Clay ganhou de Rogério aqui em Aracaju para Senador, sem nenhuma estrutura de campanha. Dessa vez teremos o apoio do Diretório Nacional do PSOL. Sergipe será tratado como prioridade. Teremos algumas visitas de Boulos a Sergipe e Boulos está na linha de frente da campanha de Lula.Tivemos a vereadora (Linda Brasil) mais votada da capital. Sônia Meire foi mais votada que a única vereadora do PT. Iran Barbosa foi uma grande aquisição para o PSOL, o melhor parlamentar sergipano da atualidade. Então, estamos popularmente bem conceituados e sentimos que estamos em fase de crescimento.
Primeira Mão – Vocês estavam muito próximos do PT em Sergipe. O que motivou esse afastamento?
Alvino – Parece que estavam ou estão querendo nos impor um isolamento. Não fomos sequer convidados para o lançamento do programa de governo. Então, optamos por buscar o nosso caminho.