Produção de milho em grão em Sergipe se recupera em 2019 e aumenta em mais de seis vezes
O IBGE divulga nesta quinta-feira (01/10) os resultados da Produção Agrícola Municipal (PAM) de 2019, que levanta informações sobre área plantada, área colhida ou destinada à colheita, quantidade produzida, rendimento médio e valor da produção das principais culturas temporárias e permanentes do país. Confira abaixo os resultados de Sergipe.
Recuperação na produção de milho é reflexo de condições climáticas favoráveis em 2019
Entre 2018 e 2019, a produção de milho em grão saltou de 106.814 toneladas para 687.221 toneladas, o que representa um aumento de cerca de 6,4 vezes, reflexo das condições climáticas mais favoráveis em 2019. Apesar de ser o menor estado da região, em 2019 Sergipe voltou a ser o quarto maior produtor do Nordeste, atrás de Bahia, Piauí e Maranhão.
O milho é a principal cultura do estado e, em 2019, 54,25% da área plantada ou destinada à colheita em Sergipe, estava ocupada pelo milho, um total de 148.624 hectares. Esse percentual é o maior da série histórica da PAM, cujos dados de área plantada ou destinada à colheita iniciam em 1988, quando o milho ocupava apenas 21,69% da área plantada ou destinada à colheita no estado.
Maiores produtores
Com a produção de 2019, o valor da produção do milho em grão chegou a cerca R$ 568 milhões, o maior em valores nominais desde a introdução do Real, em 1994. Isso representa 43,29% do total do valor da produção agrícola no estado, também a maior proporção na série histórica da PAM que, para essa variável, tem início em 1974, quando o milho representava apenas 7,90% da produção agrícola do estado.
Em termos de área plantada ou destinada à colheita, além do milho, que respondeu por mais da metade da área das culturas pesquisadas pela PAM, também tiveram destaque a cana-de-açúcar (12,95%), a laranja (11,82%) e o coco-da-baía (8,70%), dois produtos de lavoura permanente, além da mandioca (4,30%). As demais culturas somadas responderam por 8,00% do total da área plantada ou destinada à colheita no estado.
Considerando todas as culturas da PAM, o valor da produção chegou a R$ 1,31 bilhão. Em termos nominais, esse é o maior valor da série histórica da PAM desde a implantação do Real, em 1994. Mais de dois terços do valor da produção (69,7% ou R$ 914,5 milhões) veio de culturas temporárias. As culturas permanentes responderam por 30,3% do valor da produção em 2019.
Em relação à participação no valor da produção das principais culturas, além do milho, que respondeu por 43,29% do total, tiveram destaque a laranja (14,49%), a cana-de-açúcar (11,53%), o coco-da-baía (8,11%) e a batata-doce (4,53%). Os demais produtos somados totalizavam 18,04% do valor da produção.
(Da assessoria do IBGE em Sergipe)